37ª Semana

Ainda cá estamos e já completámos 37 semanas!

O bebé continua a aumentar de peso, cerca de 400 gramas por dia, e nesta semana pesará, sensivelmente, 2,900 kg.
A partir desta semana, a grávida começa a sentir uma maior pressão na zona do baixo ventre, e a reparar que o bebé vai descaindo no seu útero. Com isto, os pulmões e o estômago ficarão um pouco aliviados, pelo que comer e respirar será menos difícil.
Um bebé que nasça antes das 38 semanas ainda é considerado, clinicamente, prematuro. Deixa de o ser se nascer após a 38ª semana.

A minha mamã acha que o seu primeiro neto deve nascer a 5 de Julho (ou seja de hoje a uma semana, gulp...) eu acho que a minha barriga ainda está muito subida mas a verdade é que tenho sentido "agitação" no baixo ventre, como se o Pedro se estivesse a encaixar.
Na segunda-feira vou à minha médica e ela já me prometeu um belo de um toque, assim sendo vai poder constatar em que ponto da situação estamos.
Eu ando cansada e cheia de trabalho, o ano lectivo termina amanhã, mas ainda tenho a festa na próxima terça-feira e as avaliações para fazer, depois tudo ficará mais leve.

Últimos cartuchos

Está quase...eu e o Paulo estamos: ansiosos, com um pouco de receio mas cheios de vontade de ter ao colo o nosso filhote.
No outro dia estávamos a falar de como as nossas vidas irão mudar e, quando falo nisso, sinto um formigueiro no estômago, faz-me lembrar a sensação de quando estou prestes a descolar para uma viagem, adoro andar de avião e viajar mas há sempre um nervoso miudinho...e que grande viagem será esta!
Este fim-de-semana fomos ao cinema (não sabemos quando será a próxima vez), fizemos uma boas sestas e namoramos bastante a minha barriga: os três enroscadinhos no sofá - nós dois a olhar para a barriga e a acariciá-la e o nosso filhote a ajeitar-se para cá e para lá para receber melhor os mimos dos pais babadérrimos.

Jogos, datas e gargalhadas

Hoje, estava eu a conduzir para casa (já tenho de novo carro, iupi!) quando o meu filhote decide espetar o seu pézinho nas minhas costelas..."ui, filhote, olha que isso magoa" e pressiono com a mão o dito pé para baixo, não é que começamos a jogar à apanhada? Eu a tentar apanhar o pé e o Pedro a desviá-lo, ao fim de uns segundos acalmou e deliciou-se com umas festinhas.

Na escola onde dou aulas temos crianças desde a creche até ao 4º ano e, embora a escola não seja muito grande em espaço, não é comum o 1º ciclo encontrar a infantil no recreio, pois temos horários diferentes, mas às vezes acontece. Um dia desta semana estava no recreio com os meus alunos e deu-se o caso de estarem por perto alguns meninos da sala dos 4 anos. Um menino e duas meninas, depois de estarem durante um tempo a olharem para mim, decidiram vir falar comigo, tomou a palavra o menino (que é bastante espevitado) e com um ar de poucos amigos perguntou "Professora Marta, porque é que o seu bebé está preso aí dentro?" ao que eu respondi " M. todos os bebés antes de nascerem ficam, durante um tempo, na barriga da mãe, eles aqui dentro crescem e sentem-se protegidos." As feições mudaram de imediato e, o mesmo menino, respondeu "Então olha, quando for crescido vou ter muitos bebés na minha barriga!" "Não podes M." respondi eu "só as meninas, quando já são umas senhoras é que podem ter bebés na barriga" mas o M. não se deixou convencer "Pois, mas eu vou ter".

Fazemos hoje 36 semanas!

O bebé pesa, aproximadamente, 2,700 kg e o seu tamanho varia, em média, entre os 46 e os 50 cm. O fígado funciona praticamente a 100%, e os rins terminaram o seu processo de desenvolvimento. A barriga está cada vez maior, dado o crescimento constante do bebé. O próprio espaço dentro do útero começa a ficar algo apertado, de forma a que, quando o bebé se mexe e movimenta, por vezes é possível ver saliências na barriga da grávida que corresponderão ao cotovelo, pé, ou até mesmo à cabeça do bebé. O útero está situado imediatamente abaixo das costelas, o que continua a dificultar a respiração.

Para terminar este, já extenso post, no outro dia acordei e o meu maridinho disse algo que me fez soltar logo uma gargalhada "Sabes Marta, o nosso filho já sabe contar até 2!" "Mphh, o quê?" "Ontem à noite enquanto dormias estava a fazer festinhas na barriga, cada vez que eu fazia uma festinha ele respondia com um pontapé, e assim várias vezes, até que me lembrei e fiz duas festinhas e ele responde com dois pontapés! Tentei com três mas aí ele baralhou-se, mas pronto, já sabe contar até dois." Claro que não consegui conter uma grande gargalhada.

Somos recordistas!

Como foi amplamente anunciado, hoje, no parque dos poetas, realizou-se o programa "Barrigas de Amor" que, entre ateliers de esclarecimento e divulgação sobre vários assuntos para grávidas, concorria para o Guiness com a maior concentração de grávidas. Eu, o Paulo e o Pedro decidimos passar uma tarde diferente e ir passear, aprender algo e participar neste evento.

Gostei muito, para além de o Pedro ainda não ter nascido e ser já um recordista ainda ganhámos alguns brindes, ouvimos algumas experiências e, o melhor de tudo, recebi uma massagem que me deixou nas nuvens.

Está de chuva!

Pois é às 35 semanas o dia não correu nada bem. Ontem, feriado aqui em Lisboa, estive com a minha mamã a lavar e a passar as roupinhas do Pedro e adiantamos bastante a mala para a maternidade. Com esta lufa-lufa deitei-me cansada e angustiada com este relato. Dormi muito mal com pesadelos recorrentes sobre a experiência horripilante da mamã Vanessa e acordei a ouvir a chuva a cair. Pensei em sair mais cedo de casa para não apanhar muito transito, mal sabia eu que o pior vinha a caminho. Quase a chegar ao meu trabalho um carro para de repente e eu, que vinha nas calmas, também paro mas como havia um lençol de água, as rodas bloquearam e bati na traseira do outro carro "mea culpa". O embate não foi nada de especial mas, como sou principiante nestas coisas fiquei um pouco nervosa, mais nervosa fiquei quando a senhora do outro carro perguntava constantemente se eu estava bem e se tinha batido com a barriga no volante (coitada a senhora estava a ser simpática mas como não bati com a barriga em nenhum lado e estava a sentir o Pedro com os movimentos normais nem pensei que pudesse ter acontecido alguma coisa). A senhora com os nervos decidiu chamar a polícia, facto que nos fez perder ainda mais tempo dado que íamos fazer declaração amigável e eu dei-me logo como culpada. Assim que os agentes da brigada de transito chegaram mais um interrogatório se estava a sentir contracções e que não seria a primeira que ia directamente de um embate para o hospital ter o filho. Conseguimos concluir a tarefa passado uma hora e cheguei atrasada à escola, felizmente os meus alunos estavam entretidos com uma estagiária.
Resultado:

• a tua mãe, Pedro, é uma naba a conduzir :P
• carro na oficina até quarta-feira (estraguei o radiador)
• mais uma despesa
  
• todos nervosos a pensar que algo podia estar mal com o meu filhote

Assim que cheguei a casa tomei um banho de imersão (sei que não é muito aconselhável por causa das infecções mas depois de um dia destes...) e estive a fazer a minha actividade favorita: ver a minha barriga a mexer e a falar com o meu filho sobre este dia.

Consulta das 34 semanas

Hoje lá fomos a mais uma consulta. O Pedro está óptimo no percentil 50+ com 2600 gramas, a médica mostrou no ecógrafo a barriga, o fémur (e que grande fémur já tem o meu filho perna-longa), a cabeça e ainda vimos uma mãozinha fechada.
A mãe também está bem, a Dr.a O., em relação aos pés inchados diz que não é nada preocupante e só é necessário descanso. A próxima consulta é dia 2 de Julho às 37 semanas e nessa consulta, já me advertiu, irá fazer o "toque". Ai, ai...

Adenda: Como sou um pouco pitosga (míope) só recentemente reparei que o bebé da barrinha afinal é uma bebé porque tem um laçarote. Fui logo ver se havia um menino mas naquela posição só menina, portanto coloquei um trombolino (um dos animais preferidos dos papás) a marcar as semanas. Assim que coloquei reparei que estou na última etapa, depois da 35ª semana só mesmo a quadragésima, portanto vou tentar reformular o meu suspiro de a pouco, sobre o toque, com a recente descoberta que já não há mais etapas na barrinha, aiiiiii, aiiiiiii... :-S

99 dias de amor

Fiquei comovida com o que acabei de ver aqui e aqui. Que valor damos aos nossos filhos hoje em dia? Ontem ouvi dizer que muitos pais vêem como um fardo terem filhos e é um alívio "depositá-los" no infantário/escola. Acredito nisso porque trabalhando numa escola já vi os dois extremos. Será que a humanidade está tão fria e egoísta que nem consegue amar o seu próprio sangue? Felizmente também vemos histórias como a do Eliot Mooney que apesar de nos fazerem chorar como umas fontes (acredito que as hormonas influenciem um pouco) nos fazem ver o quão importante é amarmos alguém. As crianças mais do que brinquedos, conforto e até mesmo comida precisam de amor, acredito que o Eliot viveu tanto tempo (a palavra tanto é tão relativa) graças ao amor dos pais.
Aproveitar cada momento e agradecer por tudo aquilo que temos.

Preparativos

Eu e o papá do Pedro andámos a preparar o ninho para o filhote. Pintar paredes, montar armários... aos poucos estamos a ver a casa de um casal a transformar-se na casa de uma família.

A última compra que fizemos foi esta banheira. Um casal amigo que teve o filhote há pouco mais de um mês é que nos alertou para a utilidade desta banheira insuflável. Já temos uma banheira daquelas de plástico que encaixam na banheira e que foi herdada dos meus sobrinhos lindos, mas para os primeiros meses o melhor é uma banheira deste tipo pois em vez de estarmos debruçados na banheira podemos colocá-la em cima de uma mesa ou cómoda, é fácil de transportar de um lado para o outro (esse casal dá o banho no quarto e assim não tem de se preocupar em aquecer mais do que uma divisão) e os bebés não se sentem tão desprotegidos por ser mais pequena.

As minhas "maleitas" andam controladas, dores de costas não tenho tido, somente os pés ficam um pouco inchados ao final do dia.
Não tenho tido muito tempo para visitar os vossos cantinhos, o final de ano lectivo é sempre muito trabalhoso e por isso nestas próximas semanas irei estar mais ausente :(

Open Season

Está oficialmente aberta a época das maleitas do final da gravidez. Começaram timidamente (e espero que assim continuem) as dores nas costas e os pés inchados (por agora é só o pé esquerdo). Não me posso queixar pois tive uma gravidez óptima, nada de enjoos ou outros problemas, por isso se este último mês for menos bom, paciência. Tenho é vontade de ficar em casa, mas como o ano lectivo só termina daqui a 4 semanas tenho de aguentar. Se não houver nenhum problema espero ir trabalhar pelo menos até às 38 semanas.

Dia Mundial da Criança

Hoje é um dia especial, já todos fomos crianças e relembramos no olhar de alegria das crianças de hoje aquilo que já fomos (e ainda somos, por vezes).
Esta manhã, na escola, estive a falar com os meus alunos sobre o porquê deste dia. Alguns alunos fizeram os seguintes comentários depois de saberem que há uns anos atrás as crianças não tinham os direitos de hoje e trabalhavam desde cedo.
"Mas as crianças ganhavam um salário para puderem gastar onde quisessem???"
"Então e os pais deixavam?"
"Se não havia infância, já se era adulto quase ao nascer. Com que idade se tirava a carta de condução?"
"Isto era no tempo do homem primitivo?"
Estive a ler os Direitos das Crianças e, à medida que ia lendo, perguntava se havia dúvidas, um aluno perguntou o que era racismo e eu expliquei que era não gostar de alguém porque pertencia a um determinado grupo e dei um exemplo "Por exemplo B., imagina que eu não gostava das pessoas que usavam óculos, estava a ser racista porque ainda mesmo de a conhecer já a punha de parte por causa de uma característica".
Outro aluno (que tem óculos) retirou de imediato os óculos e perguntou muito espantado "Mas gosta, professora, não gosta..?" Claro que lhe fui dar de imediato uma beijoca e esclarecer que era só um exemplo. :P